A "calamidade do estado" foi anunciada pelo ministro da Saúde de Kerala, KK Shailaja, que observou que a designação não era para "provocar pânico", mas "criar mais conscientização" sobre o contágio veloz, que já matou 427 pessoas e infectou mais de 20.000 em todo o mundo desde dezembro.
Com três casos confirmados no país, a Índia começou a tomar medidas para conter o surto, mas Shailaja afirmou que alguns que retornam da China continuam evitando os exames de saúde e alertam que haverá consequências legais para quem for pego.
"Apesar da nossa vigilância, é triste que alguns retornados se esquivem das autoridades de saúde. É realmente perigoso", disse o ministro. "Se eles continuarem fazendo isso, trataremos isso como um crime. Precisamos da cooperação de todos para superar a crise", acrescentou.
Mais de 2.200 indianos permanecem em observação quanto a sinais da doença - que, como seu primo viral, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), causa sintomas graves de pneumonia - com outros 84 já internados em hospitais.
Um número de pessoas em observação recentemente retornou da China a bordo de dois voos da companhia Air India especialmente equipados e enviados para o país evacuando cidadãos indianos, muitos deles estudantes estudando no exterior. Outros 3.000 estudantes permanecem na China, contou Shailaja.
O novo coronavírus, apelidado de 2019-nCoV, foi confirmado em pelo menos 25 países, infectando cerca de 188 além da China continental, onde a grande maioria das fatalidades foi observada - com exceção de um cidadão chinês que viajou para as Filipinas antes de sucumbir à doença.
Embora ainda não exista uma vacina ou cura específica para o vírus, pelo menos 500 pacientes se recuperaram após serem tratados com um "coquetel" de HIV e outros medicamentos antivirais.