A decisão foi tomada nesta quarta-feira (5) de forma unânime pelo Comitê de Política Monetária do BC, que mencionou a busca por uma "recuperação gradual" da economia.
O corte de 0,25% foi menor do que os quatro anteriores, quando a Selic desceu 0,5 ponto.
O governo prevê um crescimento da economia de 2,4% para 2020, o dobro da estimativa para 2019 - o resultado oficial do ano não saiu.
No entanto, na terça-feira (4) foi divulgado que a produção industrial brasileira teve queda de 1,1% em 2019.
"O Copom entende que o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela na condução da política monetária. Considerando os efeitos defasados do ciclo de afrouxamento iniciado em julho de 2019, o Comitê vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária. O Comitê enfatiza que seus próximos passos continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação, com peso crescente para o ano-calendário de 2021", informou a autoridade monetária por meio de nota.
Menor patamar desde início de regime de metas para inflação
A taxa de juros no Brasil hoje é a menor desde a implementação do regime de metas para inflação, em 1999.
A baixa atividade econômica, consumo reduzido e pouco risco inflacionários explicam os mínimos históricos.
Puxada pela alta da carne, a inflação no Brasil encerrou 2019 em 4,31%, resultado acima do centro da meta do governo, de 4,25%, mas dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
A meta para 2020 é de inflação de 4%, com com tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo.