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Investigado por corrupção, chefe da comunicação 'não é criminoso', diz Bolsonaro

© Folhapress / André CoelhoChefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), Fabio Wajngarten, faz pronunciamento no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), após denúncias de que recebe, por meio de uma empresa da qual é sócio, dinheiro de emissoras de TV e de agências de publicidade contratadas pela própria secretaria, ministérios e estatais do governo Jair Bolsonaro.
Chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), Fabio Wajngarten, faz pronunciamento no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), após denúncias de que recebe, por meio de uma empresa da qual é sócio, dinheiro de emissoras de TV e de agências de publicidade contratadas pela própria secretaria, ministérios e estatais do governo Jair Bolsonaro. - Sputnik Brasil
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O chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Fabio Wajngarten, não é um criminoso na opinião do presidente Jair Bolsonaro, que nesta quarta-feira indicou que não irá demiti-lo, mesmo diante das apurações sobre corrupção.

Na semana passada, um inquérito contra Wajngarten foi aberto pela Polícia Federal (PF) para a pedido do Ministério Público Federal (MPF). Ele é suspeito dos crimes de corrupção passiva, peculato (desvio de recursos públicos) e advocacia administrativa (patrocínio de interesses privados na administração pública).

Perguntado na saída do Palácio da Alvorada se o chefe da Secom seria demitido diante das suspeitas, Bolsonaro garantiu que ele está "mais firme do que nunca".

"Olha só, o que eu posso te falar. Não foi a PF que abriu. O MP que pediu para que fosse investigado. Então é completamente diferente do que você está falando. Dá a entender que ele é um criminoso. Não é criminoso, eu não vi nada que atente contra ele", declarou.

O inquérito foi aberto contra Wajngarten depois de uma série de reportagens do jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a publicação, ele é sócio da FW Comunicação, empresa que tem contratos com emissoras de televisão (Band e Record) e uma agência de publicidade (Artplan) que, ao mesmo tempo, recebem verbas de publicidade da Secom.

© Sputnik / Renan LúcioBrasão da Polícia Federal do Brasil (arquivo)
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Brasão da Polícia Federal do Brasil (arquivo)

O jornal também não informou a Comissão de Ética da Presidência da República que seria sócio de uma empresa com relações comerciais com agências e emissoras destinatárias de verbas do governo. Se confirmadas as suspeitas, Wajngarten estaria quebrando uma das regras de conduta da administração federal, por beneficiar a si ou familiares/amigos com atos governamentais.

Além das apurações da PF e do MPF, o Tribunal de Contas da União (TCU) também apura o suposto uso de critérios políticos, em detrimento de fatores técnicos, por parte da Secom para a distribuição de verbas de publicidade para emissoras da televisão aberta.

Em sua defesa, Wajngarten nega ter cometido qualquer irregularidade desde que assumiu o cargo, em abril de 2019.

Ainda de acordo com a Folha, assessores de Bolsonaro já aconselharam o presidente a afastar o chefe da Secom do cargo, porém o presidente vem resistindo, pelo menos até a conclusão do inquérito da PF – em média, leva-se 30 dias.

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