O Relator Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Edison Lanza, também assina o documento enviado ao governo brasileiro.
O Ministério Público (MP) Federal apresentou em 21 de janeiro uma denúncia contra o jornalista Glenn Greenwald, acusado de participar de crimes de invasão de dispositivos informáticos e monitoramento ilegal de comunicações de dados e associação criminosa, no caso do vazamento das mensagens de procuradores da Lava Jato. A denúncia foi feita mesmo sem ele ter sido indiciado ou investigado no caso.
A ONU também denunciou os ataques contra o nosso editor, @demori. Leia o que Leandro disse ao UOL sobre a condenação unânime da comunidade internacional sobre o que o MPF está fazendo: https://t.co/YW2NCNwYox pic.twitter.com/udTjBkfeoY
— Glenn Greenwald (@ggreenwald) February 6, 2020
De acordo com o relator da ONU sobre liberdade de expressão, "ameaças legais como estas colocam em risco todas as reportagens no Brasil".
"Jornalistas que investigam casos de corrupção ou ações impróprias das autoridades públicas não devem ser submetidos a assédio judicial ou qualquer outro tipo de retaliação pelo seu trabalho", diz a carta.
Os relatores mencionaram também que, antes da denúncia do MP, o presidente Jair Bolsonaro chegou a declarar que o jornalista "pegaria cana" e o chamou de "malandro" por ter adotado filhos brasileiros.