Segundo a Organização Mundial da Saúde, a procura por eles subiu em até 100 vezes, provocando uma "grave" interrupção da oferta.
Esses utensílios estão sendo usados pela população de vários países para proteção contra a disseminação do coronavírus. A cena de passageiros vestindo máscaras em aeroportos se tornou comum mundo afora.
"Quando a oferta é pequena e a demanda alta, pode haver práticas nocivas como estocamento para vender por preços maiores, por isso pedimos solidariedade", afirmou o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante coletiva na sede da organização, em Genebra, segundo publicado pela agência Reuters.
Segundo ele, a situação é ainda pior pois não apenas equipes médicos estão usando o material, mais a população em geral também.
Equipes médicas e pacientes devem ser prioridade
"A demanda é até 100 vezes maior do que o normal, e os preços até 20 vezes maiores", disse. De acordo com a OMS, a grande procura fez com que pedidos de máscaras e outros objetos estejam com atraso de quatro a seis meses.
Tedros ressaltou que médicos e profissionais de saúde da China precisam da maior parte do material. Até o momento, há 31.211 casos de coronavírus registrados no país e 630 mortes. O vírus também se espalhou para fora da China, atingindo 25 países.
O diretor da OMS explicou que conversou com produtores e distribuidores dos utensílios para normalizar a oferta e garantir que cheguem a quem mais precisa, priorizando os médicos, assim como pacientes e pessoas próximas a eles.
A entidade chegou a enviar equipamentos de proteção para locais atingidos pelo surto do coronavírus.
"Convocamos os países e as empresas a trabalharem com a OMS para garantir o uso justo e racional dos suprimentos e o reequilíbrio do mercado. Todos temos um papel a desempenhar para nos mantermos seguros", disse Tedros.