Esta novidade é dada pela revista Forbes, que escreve que a superioridade atual dos americanos em termos de submarinos se deve somente à sua grande autonomia, que pode mantê-los submersos meses a fio, e ao fato de poderem serem tripulados por mais de uma centena de marinheiros.
Já os submarinos russos, por terem menos tripulantes a bordo, ficam menos tempo submersos.
"No entanto, se a revolução na robótica nos conduzir para a criação de submarinos sem tripulações, a Rússia já estará em vantagem?", questiona a publicação.
A revista chama atenção para o projeto Poseidon, anunciado oficialmente em 2018. Trata-se de embarcações intercontinentais submarinas polivalentes de uso único e não tripuladas, movidas a propulsão nuclear e equipadas com armas atômicas. Poseidon foi na altura apelidada por jornalistas ocidentais de "arma do Juízo Final".
A Forbes informa igualmente que o escritório de projetos Malakhit se predispôs a equipar os submarinos que navegam por baixo da calota polar com as revolucionárias turbinas nucleares ATGU.
#SubWednesday New article on possibility of #Russia fully autonomous nuclear #Submarines using ATGU power plants. This type of topic needs more attention in the West IMHO. Kind of like a "U"-SSN. https://t.co/UH13DdBjuV
— H I Sutton (@CovertShores) February 5, 2020
Novo artigo sobre a possibilidade de a Rússia [construir] submarinos nucleares completamente autônomos usando geradores ATGU. Este tipo de tópico precisa de maior atenção do Ocidente na minha modesta opinião. Uma espécie de "U"-SSN [submarino nuclear não tripulado]
Assim, a Rússia poderia combinar a tecnologia ATGU com a de drones para criar o primeiro submarino nuclear não tripulado.
Não tripulado significa menos espaço, menos peso, menor necessidade de energia, menos oneroso e mais versatilidade.
Quanto tempo levará o Ocidente a desenvolver uma tecnologia similar? Os atuais reatores nucleares de submarinos ocidentais foram concebidos para submarinos tripulados. Um projeto nesta área necessitaria de avultados recursos humanos e de financiamento, sem falar da questão ambiental.
Enquanto no Ocidente se discute a problemática, provavelmente a Marinha russa acabará sendo pioneira nestes letais drones submarinos nucleares, concluiu a Forbes.