Durante entrevista, o general Hajizadeh forneceu mais detalhes sobre o drone norte-americano RQ-4A Global Hawk abatido no espaço aéreo iraniano pela Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica em junho de 2019.
Os destroços do veículo não tripulado foram colocados em exposição nesta quinta-feira. A aeronave, que segundo ele é o "maior drone espião do mundo" e seria capaz de voar em altitudes muito superiores do que seus equivalentes.
O drone americano derrubado pelo Irã seria tão poderoso que poderia voar dos EUA para o golfo Pérsico sem escalas, observou Hajizadeh, acrescentando que o veículo não tripulado estaria equipado com o que há de mais moderno em equipamentos de espionagem.
O comandante aconselhou os americanos a evitarem passar a "linha vermelha" e se adentrar em território iraniano com seus drones espiões. Segundo Hajizadeh, a República Islâmica obteve acesso a todos os "códigos e frequências" da aeronave.
"Isso significa que não somos apenas capazes de rastrear esse drone a uma distância de 100 quilômetros, mas também de desativá-lo daqui de Teerã, a uma distância de milhares de quilômetros", explicou ele.
Nesta quinta-feira (7), o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) apresentou os destroços completos do veículo não tripulado norte-americano abatido no sul do Irã em junho de 2019.
Uma parte dos destroços do drone havia sido exibida um dia após o incidente, informou a agência de notícias local Tasnim.
De acordo com o IRGC, em 20 de junho de 2019 um drone espião dos EUA violou o espaço aéreo iraniano e foi abatido pela unidade de defesa antiaérea da Força Aeroespacial da Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica na região de Kooh-e-Mobarak, ao sul da província de Hormozgan.
O drone invasor teria sido abatido por um sistema de mísseis antiaéreos Khordad-3, de fabricação iraniana.