Macron: europeus não podem ser espectadores na nova corrida armamentista

© REUTERS / Francois Mori/PoolPresidente francês Emmanuel Macron durante discurso sobre estratégia de defesa da UE, na Ecole Militaire, em Paris, França, 7 de Fevereiro de 2020
Presidente francês Emmanuel Macron durante discurso sobre estratégia de defesa da UE, na Ecole Militaire, em Paris, França, 7 de Fevereiro de 2020 - Sputnik Brasil
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O presidente francês, Emmanuel Macron, advertiu que as nações europeias "não podem permanecer espectadoras" frente a uma potencial corrida armamentista e instou-as a impulsionar uma "agenda internacional de controle de armas", relata AFP.

"Os europeus devem compreender coletivamente que, na ausência de um quadro legal, poderiam enfrentar rapidamente uma nova corrida às armas convencionais, até mesmo nucleares, no seu próprio território", disse Macron, na sexta-feira (7), perante oficiais em um discurso em que expôs a estratégia nuclear francesa pós-Brexit.

Quanto ao compromisso da França com o controle de armamentos, o líder francês disse que seu país, o único Estado nuclear da União Europeia depois do Brexit, já reduziu o número de suas ogivas para menos de 300, tendo "legitimidade para exigir movimentos concretos de outras potências nucleares em direção a um desarmamento global que seja gradual, credível e que possa ser verificado".

O líder francês destacou que é necessário melhorar as relações políticas com a Rússia a fim de garantir a segurança.

"Não pode haver projetos de defesa e segurança para os cidadãos europeus sem uma visão política que procure restaurar progressivamente a confiança com a Rússia", disse Macron.

© Sputnik / Aleksei Nikolsky / Acessar o banco de imagensPresidente da Rússia, Vladimir Putin, e seu homólogo francês, Emmanuel Macron
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Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e seu homólogo francês, Emmanuel Macron

Macron também pediu que o Tratado de Redução de Armas Estratégicas (START III) fosse prorrogado para além da sua data de expiração em fevereiro de 2021 para evitar "a possibilidade de uma competição militar e nuclear pura e desenfreada, como não vemos desde o final da década de 1960".

Em agosto de 2019, o ex-conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, anunciou que é "pouco provável que o tratado seja prorrogado".

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