Os rios seriam uma barreira natural à vitória em uma "guerra com a Rússia", escreve o portal Breaking Defense.
A publicação nota que, em caso de um conflito militar entre os EUA e a Rússia, os combates terão lugar na Europa de Leste, uma vasta planície com muitos rios. Um desses rios, o Vístula, atravessa toda a Polônia de sul a norte, pelo que as tropas da OTAN teriam que utilizar diversas pontes para enviar reforços ou recuar. Só que estas raramente conseguem suportar mais de 55 toneladas.
Ao passo que a infraestrutura da Europa Ocidental foi muitas vezes reforçada durante a Guerra Fria para suportar o peso de tanques da OTAN de mais de 60 toneladas, a Europa Oriental não construiu pontes de forma tão robusta, escreve a Breaking Defense.
Tanques da OTAN são demasiado pesados
Assim, segundo a fonte, para os tanques M1 Abrams, que pesa mais de 60 toneladas, e seus "irmãos" da Aliança Atlântica, o britânico Challenger II, o alemão Leopard II e até o francês Leclerc, seria "um desafio" usar muitas das pontes nos lugares mais importantes. As pontes mais resistentes não suportam mais de 60 toneladas, e precisariam de ser avaliadas previamente para decidir se os referidos tanques podiam atravessá-las.
Por outro lado, os veículos de combate de infantaria bem armados como o M2 Bradley têm menos de 50 toneladas, podendo atravessar um grande número de pontes. Em seguida, poderiam se posicionar, atingir a infantaria inimiga e segurar posições até que os tanques pesados encontrassem um meio de atravessar o rio.
Apesar de "algumas capacidades" das tropas de engenharia norte-americanas de construir pontes sob fogo, essas capacidades são demasiado limitadas para enfrentar os grandes rios da Europa de Leste, mesmo usando um veículo especial para implantar pontes móveis.
A Polônia inclusive já foi criticada pelos reguladores da UE por causa da incapacidade das suas pontes de suportar veículos mais pesados. Muitos dos veículos soviéticos eram anfíbios justamente para atravessar diretamente os rios, conclui o autor.