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'Questão cultural' do Brasil cria dificuldade para companhias aéreas de baixo custo

© AP Photo / DANIEL SLIM Um avião da companhia aérea LATAM
Um avião da companhia aérea LATAM - Sputnik Brasil
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Empresas aéreas de baixo custo começam a dar sinais de que podem não permanecer no mercado brasileiro um pouco mais de um ano após começarem a operar no país.

Um dos motivos para a dificuldade enfrentada por companhias aéreas de baixo custo é a competitividade do setor, que tem empresas como Gol, Latam e Azul, que operam com grande eficiência.

Em entrevista à Sputnik Brasil, o economista e especialista em aviação comercial, Ricardo Balistiero, explica que as companhias aéreas de baixo custo são empresas que oferecem serviços "mais modestos", como o serviço de bordo e bagagem, focando mais no transporte propriamente dito.

De acordo com ele, uma das dificuldades de penetração dessas empresas no país acontece porque voar de avião no Brasil não é algo ainda tão corriqueiro como em outros países como nos EUA e na Europa.

"Voar ainda não é tão corriqueiro como em outros continentes, por exemplo, como nos EUA ou em países da Europa. Aqui no Brasil o voar ainda é uma experiência. Por isso as empresas de baixo custo têm pouca penetração no nosso mercado", afirmou.

Na primeira semana de fevereiro, apenas 3,5% dos voos internacionais foram realizados por uma empresa aérea de baixo custo.

© Foto / Antonio Cruz/Agência BrasilRepresentantes do Procon, Prodecon, MPDFT e OAB-DF participam da Blitz Nacional dos Aeroportos para fiscalizar a cobrança da franquia de bagagem, no Aeroporto Internacional de Brasília.
'Questão cultural' do Brasil cria dificuldade para companhias aéreas de baixo custo - Sputnik Brasil
Representantes do Procon, Prodecon, MPDFT e OAB-DF participam da Blitz Nacional dos Aeroportos para fiscalizar a cobrança da franquia de bagagem, no Aeroporto Internacional de Brasília.
O especialista observa que não se trata de oferecer um serviço precário, mas ter "uma aeronave com boas funções, principalmente de manutenção, e que tenha o objetivo de tirar o passageiro de um ponto e levar a outro".

De acordo com ele, é uma questão cultural que ainda precisa ser bastante amadurecida no mercado brasileiro, porque "parece que nós ainda estamos bastante distantes disso".

"Nós precisamos criar no Brasil um ambiente de negócios que possa realmente atrair novos competidores. Isso passa naturalmente pela segurança jurídica em primeiro lugar, repensar a estrutura do custo de combustível, e ampliar a possibilidade de utilização de aeroportos no Brasil, aumentando a malha aeroviária, que nesse momento é muito concentrada", completou.

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