Segundo o artigo, o sistema de mísseis permite efetivamente a criação de zonas de restrição de acesso e de manobra (A2/AD), o que é de grande preocupação no exterior.
A edição comenta que um complexo russo com mísseis supersônicos antinavio é capaz de proteger a costa do mar Báltico, enquanto os mesmos sistemas instalados na Crimeia nas ilhas Curilas podem bloquear, respectivamente, qualquer atividade naval no estreito do Bósforo e na área da ilha japonesa de Hokkaido.
Ao mesmo tempo, segundo o artigo, o sistema de mísseis costeiro Bastion é utilizado exclusivamente para proteger determinadas áreas-chave.
Proteção costeira
"A doutrina russa não procura maximizar a cobertura geográfica dos seus chamados sistemas A2/AD, mas sim concentrá-los em áreas críticas, ao mesmo tempo que alavanca as capacidades de longo alcance para apoiar seletivamente conceitos operacionais ofensivos e defensivos", de acordo com o analista de segurança Michael Kofman, citado pelo revista.
A revista observa que a defesa costeira também está equipada com veículos de transporte e carregamento K-342P, lançadores automotores K-340P sobre chassis MZKT-7930, com uma tripulação de três pessoas.
Graças aos mísseis P-800 Oniks, o complexo oferece proteção a uma região costeira com mais de 600 quilômetros de comprimento, e a implantação em posições de combate leva cinco minutos.
"A alta velocidade dos Oniks torna extremamente difícil interceptá-los na fase final da trajetória de voo, e a sua ogiva de 200 a 250 quilos pode infligir danos devastadores mesmo a um grande navio de guerra", ressalta a revista.