Peixe de águas profundas, o Epinephelus itajara de seu nome científico, flutuava contudo na superfície, tornando-se presa fácil para o predador.
Tal se deveu, aparentemente, a um erro cometido por pescadores. Sendo espécie protegida, a sua captura é estritamente proibida.
O entusiasta da vida animal Michael Patrick O'Neill foi para a praia filmar com um drone a migração anual de tubarões-galha-preta, quando detectou um tubarão-martelo atacando o cardume.
"Eu tive o pressentimento de que algo de legal iria acontecer", confessou o fotógrafo à emissora WPTV NewsChannel 5.
Efetivamente, e de repente, o tubarão-martelo se desinteressou do cardume de tubarões-galha-preta e se dirigiu na direção de um mero que flutuava na superfície.
Por que estaria um mero na superfície?
O canapu, estimado com peso entre 40 e 63 quilos, estava fora do seu habitat natural – bem no fundo do mar.
O fotógrafo opina que o peixe tenha sido provavelmente capturado por pescadores e depois devolvido à água.
Quando isto acontece, os gases no estômago do peixe se expandem, fazendo-o inchar e flutuar. Nestes casos, os pescadores devem ventilar o peixe antes de colocá-lo novamente na água, fazendo "um buraco com um objeto afiado para permitir que o gás em sua barriga se esvazie, permitindo que o mero desça", explicou O'Neill.
Se não se livrar desse gás, o peixe fica paralisado na superfície", concluiu.
Foi exatamente isso que aconteceu, noticia a mídia, permitindo ao tubarão-martelo atacar e abocanhar o canapu até a morte.