Trata-se do Neoepiblema acreensis, que pesava cerca de 80 quilos e media 1,5 metro de comprimento – o que o torna o maior roedor já registrado na América do Sul. O roedor tinha dois enormes dentes incisivos curvos e um cérebro minúsculo que pesava apenas 114 gramas.
Os crânios fossilizados e praticamente intactos de dois ratos foram encontrados no estado do Acre, no Brasil, escreve Daily Mail.
"O Neoepiblema tinha cerca de 1,80 metro de comprimento e pesava cerca de 80 quilos, o que ultrapassa a capivara, o maior roedor vivo, que tem cerca de 60 quilos. Este roedor é um parente extinto das chinchilas e pacaranas e habitou a Amazônia brasileira ocidental há cerca de 10 milhões de anos. Vivia em ambientes pantanosos que ali existiam antes do surgimento de uma das maiores florestas tropicais do mundo", disse o autor principal do estudo, José Ferreira, da Universidade Federal de Santa Maria.
Giant prehistoric rat as big as a HUMAN lived in the Amazon rainforest 10 million years ago https://t.co/CZ4uBlu0Oh pic.twitter.com/IBV79mXsS4
— readsector (@readsector) February 12, 2020
Rato pré-histórico gigante tão grande quanto um humano viveu na Floresta Amazônica há 10 milhões de anos
Uma reconstrução digital do cérebro do roedor usando tomografia computorizada mostrou que era muito pequeno, pesando apenas 114 gramas, segundo a descrição da revista Biology Letters. Para efeito de comparação, um cérebro humano pesa cerca de 1,4 quilo.
"O valor adaptativo de um baixo custo energético e outros fatores ecológicos estão possivelmente associados ao tamanho relativamente pequeno do cérebro de roedores gigantes. A evolução ao longo do tempo desta relação entre cérebro e tamanho do corpo é conhecida como encefalização", explicou o pesquisador.
"Alguns membros extintos da América do Sul deste ramo atingiram o tamanho de um corpo gigantesco durante o final do [período] Mioceno, há cerca de 10 milhões de anos", destacou.