"Quem é Greenpeace? Quem é essa porcaria chamada Greenpeace? Isso é um lixo. Outra pergunta", afirmou Bolsonaro ao sair do Palácio do Alvorada, segundo matéria publicada pelo portal UOL.
Na terça-feira, o presidente assinou decreto transferindo a coordenação do Conselho Nacional da Amazônia Legal do Ministério do Meio Ambiente para o vice-presidente Hamilton Mourão. Além disso, excluiu os governadores do órgão, que agora é formado apenas por representantes do governo federal.
A medida foi criticada pelos governadores e por ambientalistas. Por meio de nota, o Greenpeace disse que "o conselho não tem plano, meta ou orçamento".
Conselho 'não anulará política anti-ambiental do governo'
"Ele não anulará a política anti-ambiental do governo e não tem por finalidade combater o desmatamento ou o crime ambiental. Os governadores, indígenas e a sociedade civil não fazem parte da sua composição", acrescentou a organização.
Segundo o Planalto, o objetivo do Conselho é coordenar e acompanhar a implementação das políticas públicas relacionadas ao território da Amazônia Legal.
Na porta do Alvorada, Bolsonaro rebateu as críticas às mudanças no órgão.
'Sabe o que vai resolver? Nada'
"Se você quiser que eu bote governadores, secretários de grandes cidades, vai ter 200 caras. Sabe o que vai resolver? Nada. Nada", afirmou.
O presidente garantiu que as decisões sobre a Amazônia serão tomadas ouvindo os governadores da região.
"Tem bastante ministros. Nós não vamos tomar decisões sobre Estados da Amazônia sem conversar com governador, com a bancada do Estado. Se botar muita gente é passagem aérea, hospedagem, uma despesa enorme, não resolve nada", argumentou.
A composição anterior do conselho, estipulada em um decreto de 1995, incluía os governadores da Amazônia Legal.
Essa não é a primeira vez que Bolsonaro critica ONGs que atuam na Amazônia. Recentemente, ele disse que organizações ambientais eram responsáveis por queimadas na floresta, que vem apresentando altas de incêndios e desmatamento.