O inseto foi encontrado em Mianmar e é a evidência mais antiga de uma abelha primitiva com pólen no registro fóssil, além de também ser o primeiro registro dos parasitas de inseto, que ainda hoje atormentam as abelhas.
Os grãos de pólen sobre a abelha revelam que ela visitou várias flores antes de ficar presa no âmbar.
"Outras evidências de que a abelha fóssil tinha visitado flores são as 21 triungulinas de inseto - larvas - no mesmo pedaço de âmbar que estavam à espera de uma carona de volta ao ninho da abelha para jantar com as larvas de abelha e as suas provisões, alimento deixado pela fêmea", afirmou o professor George Poinar Jr. da Universidade Estadual do Oregon, nos EUA.
"É certamente possível que o grande número de triungulinas tenha feito com que a abelha voasse acidentalmente para dentro da resina", complementa o pesquisador, citado pelo Daily Mail.
Discoscapa Apicula: Oldest Record Of Primitive Bee With Pollen Dates Back 100 Million Years https://t.co/QC0gMVInZI pic.twitter.com/K9cBUmJdUj
— Science 2.0 (@science2_0) February 13, 2020
Discoscapa apicula: registro mais antigo de abelha primitiva de 100 milhões de anos atrás
Poinar deu à criatura o nome científico Discoscapa apicula, que tem alguns traços com as vespas e outros com as abelhas modernas - o que torna importante a compreensão da evolução dos invertebrados modernos.
"Algo único sobre a nova família que não é encontrado em nenhuma linhagem existente ou extinta de vespas ou abelhas é uma fuga bifurcada […] Fósseis como o deste estudo podem nos contar sobre as mudanças que certas linhagens de vespas sofreram ao se tornarem polinívoros - comedores de pólen", finaliza o pesquisador.
O registro fóssil das abelhas é bastante vasto, mas a maioria é dos últimos 65 milhões de anos e se parece muito com as abelhas modernas.