"É o que eles têm feito ao longo dos anos. Quando você liga para um líder estrangeiro, as pessoas ouvem. Eu posso acabar com a prática completamente", disse Trump durante entrevista à emissora de rádio iHeart.
Trump também afirmou que a prática é herdada de administrações anteriores e que, às vezes, até 25 pessoas estão envolvidas no monitoramento de chamadas telefônicas presidenciais, desde estagiários da administração até o secretário de Estado.
Segundo uma reportagem da CNN de dezembro, com citação de fontes, os conselheiros de Trump restringiram o acesso às conversas do chefe de Estado com alguns líderes mundiais, bem como às transcrições dessas conversas.
Processo de impeachment
Em setembro, a Câmara dos Representantes dos EUA iniciou um processo de impeachment contra Trump por suspeita de que ele havia pressionado seu homólogo ucraniano, Vladimir Zelensky, em uma conversa telefônica de 25 de julho para investigar o filho de Joe Biden, ex-vice-presidente e agora pré-candidato à presidência pelo Partido Democrata nas eleições americanas de 2020.
A transcrição oficial, divulgada pela Casa Branca após a existência de uma denúncia sobre o caso, mostra que Trump se referiu repetidamente a Biden. No entanto, tanto o presidente dos EUA como o seu colega ucraniano negam que tenha havido qualquer pressão.
No início de fevereiro, o Senado absolveu Trump das acusações de abuso de poder e obstrução ao Congresso no processo de impeachment.