Os números foram obtidos por reportagem do portal UOL. Em números absolutos, 2019 registrou 276 mil reingressos, que ocorreram somente até maio, enquanto em 2018 houve 1,08 milhão de reinclusões.
Uma das consequências é que o Bolsa Família voltou a ter fila de espera (que já soma um milhão de pessoas), o que não acontecia desde 2017.
O retorno ao programa acontece quando as famílias perdem renda, o que pode ser provocado pelo desemprego, ou por terem deixado o Bolsa Família por erros no cadastro do governo.
Segundo a matéria do UOL, o governo não respondeu porque as reinclusões diminuíram tanto.
Número de famílias incluídas caiu
O número de famílias incluídas no programa também vem caindo. Em maio, o programa beneficiava 14.339.058 famílias —recorde desde sua criação, em 2004.
Em dezembro, esse número caiu para 13.170.607. De janeiro de 2017 a maio do ano passado, cerca de 250 mil novos beneficiados conseguiram ingressar por mês no programa em todo o país, mas a taxa caiu para 5.400 de junho a outubro de 2019.
No ano passado, o governo do presidente Jair Bolsonaro pagou um 13º para as famílias cadastradas no Bolsa Família, o que era uma de suas promessas de campanha.
Senador propõe 13° anual para beneficiários
No entanto, a Medida Provisória que determinou o pagamento previa o adicional somente em 2019. Relator da MP, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) propôs que o 13º fosse anual em comissão no Congresso para discutir o tema.
A votação da medida, no entanto, vem sendo adiada. Uma medida provisória tem validade de 60 dias, prorrogáveis por 60. Caso não seja votada até o fim desse prazo, perde validade - o que deve acontecer em 24 de março em relação à MP do 13º do Bolsa Família.