"Meu amigo presidente [dos EUA, Donald] Trump deixou claro que ele reconhece a soberania de Israel no Vale do Jordão, no norte do mar Morto, todos os assentamentos na Judeia e Samaria [termo israelense para a Cisjordânia] e na área ao redor. Nós estabelecemos um grupo israelense que vai trabalhar com os EUA para definir as fronteiras, o que já começou - e está em pleno andamento", citou o escritório de Netanyahu sua declaração na reunião semanal do governo israelense.
De acordo com o primeiro-ministro de Israel, a definição das fronteiras é feita em cooperação com os serviços de segurança israelenses e com a liderança dos assentamentos judeus na Cisjordânia.
Netanyahu também nomeou os funcionários que se juntaram ao grupo do lado israelense: o presidente do Conselho de Segurança Nacional de Israel, Meir Ben Shabbat, o ministro do Turismo Yariv Levin e o diretor-geral do Gabinete do primeiro-ministro, Ronen Peretz. O grupo trabalhará em cooperação com o embaixador de Israel nos EUA, Ron Dermer.
"Vamos fazer este trabalho o mais rápido possível", declarou o premiê israelense.
Fim ou aumento das tensões?
Em 28 de janeiro, o presidente norte-americano Trump anunciou o resultado do "Acordo do Século", um projeto de acordo entre Israel e a Palestina que colocaria fim ao conflito na região.
O plano prevê o estabelecimento do Estado da Palestina e sua desmilitarização, com Israel mantendo o controle sobre o leste do rio Jordão e Jerusalém permanecendo sua capital indivisível.
O presidente palestino Mahmoud Abbas rejeitou o novo plano, dizendo que os palestinos insistem no reconhecimento de seu Estado nas fronteiras de 1967, com Jerusalém como sua capital.