Durante a recente Conferência de Segurança realizada em Munique, na Alemanha, Mark Esper condenou a China de forma abrangente, dizendo que o país asiático estava no topo da lista de potenciais adversários do Pentágono, seguido pela Rússia e "Estados malfeitores" tais como a Coreia do Norte e o Irã.
"Eles tinham dito que até 2035 a RPC pretende concluir sua modernização militar, e até 2049 eles buscam dominar a Ásia como a preeminente potência militar global", disse o secretário de Defesa dos EUA, usando as iniciais do nome oficial da República Popular da China.
Esper alegou que China reprime o seu povo e ameaça os vizinhos, além de acusar Pequim de roubar tecnologias desenvolvidas no Ocidente na busca de ganhar "vantagem por quaisquer meios e a qualquer custo".
"Nós queremos que a China se comporte como um país normal", disse o secretário de Defesa, acrescentando que isso significava que "o governo chinês precisa mudar suas políticas e comportamentos".
"O Partido Comunista Chinês está se dirigindo ainda mais rápido e mais longe na direção errada – mais repressão interna, mais práticas econômicas predatórias, mais mão-dura e, o que é mais preocupante para mim, uma postura militar mais agressiva", afirmou.
Chefe do Pentágono aproveitou também para acusar Pequim de implantar uma "estratégia nefasta" por meio da gigante de telecomunicações chinesa Huawei.
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, rejeitou no seu discurso na mesma conferência as denúncias dos EUA, acusando Washington de se engajar em uma "campanha de difamação" contra Pequim, aponta Al-Jazeera.
"Eu posso dizer categoricamente que todas as acusações contra a China são mentira", disse Wang, acrescentando: "Mas se substituirmos o sujeito da mentira de China para América, quiçá estas mentiras se transformem em fatos", reforçou.
A Conferência de Segurança de Munique foi realizada entre os dias 14 e 16 de fevereiro na Alemanha. O evento é celebrado anualmente e reúne diplomatas e autoridades da área de segurança de diversos países.