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Petrobras coloca população em risco com possível desabastecimento, diz federação dos petroleiros

© Folhapress / Saulo Angelo Petroleiros deixam faixas de protesto na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, em 15 de janeiro de 2020
Petroleiros deixam faixas de protesto na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, em 15 de janeiro de 2020 - Sputnik Brasil
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A paralisação dos petroleiros chega a seu 18º dia, atingindo 121 unidades da Petrobras e reunindo 21 mil funcionários. Na última segunda-feira (17) a greve de funcionários foi declarada como ilegal pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).

A greve dos petroleiros, que acontece desde o dia 1º de fevereiro, teve como estopim a implementação de um plano de demissões em uma subsidiária da Petrobras, a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen).

A empresa busca conter a greve com pagamentos "aos que estão atuando para a continuidade das atividades da companhia".

O diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, disse à Sputnik Brasil que a greve foi iniciada por conta conta da intransigência da empresa em não querer atender a uma pauta que foi entregue no mês de janeiro.

"A pauta falava na necessidade de suspensão das mil demissões de trabalhadores e trabalhadoras da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná [Fafen] e da suspensão de medidas arbitrárias e unilaterais, sem negociação alguma com os sindicatos, que estavam sendo implementadas pela gestão da empresa em áreas operacionais", afirmou.

Além disso, o diretor da FUP destacou que a manifestação pede que a empresa volte a "respeitar os fóruns de negociação coletiva do acordo coletivo de trabalho".

"Felizmente a categoria que aprovou essa greve em Assembleia, executou essa greve e tem mantido essa greve forte. Nós estamos com essa quantidade de petroleiros exatamente em 121 unidades do sistema Petrobras, já atingindo em torno de 65 a 70% dos trabalhadores e trabalhadoras das áreas operacionais do sistema Petrobrás, demonstrando a força da categoria petroleira diante dessa truculência da gestão da Petrobras", disse o diretor da FUP.

​De acordo com ele, a gestão da Petrobras "coloca em risco a população brasileira com o possível desabastecimento de produtos essenciais aos brasileiros e brasileiras".

"Algo que nós não queremos fazer. Nós queremos que o petroleiro trabalhe, que ele possa trabalhar para que a produtividade nas refinarias possa aumentar, e, consequentemente, os custos e os preços dos derivados de petróleo possam baixar e chegar a um preço justo à população brasileira", completou.

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