O objeto em miniatura tinha a forma de uma libélula, com um microfone para poder escutar alvos remotos.
A existência deste protótipo foi revelada em documentos desclassificados da CIA que vieram à tona recentemente.
Nos anos 70, em plena Guerra Fria, a CIA viu interesse na construção de um sistema de escuta em miniatura que pudesse se aproximar do alvo sem ser detectado.
Foi então criado o projeto Insectothopter, recaindo a escolha inicial sobre uma abelha mecânica.
Contudo, a ideia foi rapidamente abandonada, porque as asas de uma abelha eram "muito altas e a estabilidade, orientação e controle pareciam impossíveis de alcançar", referia-se no documento.
Foi quando os projetistas optaram por um dispositivo em forma de libélula, que conseguiu passar com distinção por todos os testes em laboratório.
"A libélula mecânica bateu e soou como a verdadeira. A detecção é improvável e a distâncias superiores a vários metros parecerá ser um inseto, tanto a nível acústico como visual. Tecnicamente, o projeto deve ser avaliado como excelente", segundo relatório da CIA.
Documentos desclassificados da CIA revelaram por que a agência de inteligência nunca utilizou o gadget de espionagem Insectothopter desenvolvido nos anos 70.
Segundo os documentos da CIA, a libélula era guiada através de um raio laser apontado para uma faixa bimetálica situada na cauda do "inseto", tendo um raio de alcance de 200 metros.
Um motor oscilante em miniatura movia as asas com recurso a um propulsor líquido misturado com um oxidante.
Mas os testes fora do laboratório mostraram a inviabilidade do projeto. A libélula não conseguia superar os ventos cruzados, tornando quase impossível controlá-la.
Por essa razão, o Insectothopter nunca foi usado em missões de campo.
A CIA chegou até a estudar outros mecanismos similares, como pássaros mecânicos telecomandados e mesmo pombos-correios verdadeiros, igualmente sem sucesso.