A descoberta ocorreu graças a um estudo recente na região. Os fósseis confirmam a ideia de que a região, hoje seca e árida, já teve rios.
Além dos peixes, outras espécies encontradas eram dividas entre 19% de mamíferos e 1,3% de aves, répteis, moluscos e anfíbios.
Alguns animais poderiam ser lixos orgânicos, já que foram encontrados com marcas de corte e evidências de que teriam sido queimados.
Esses fósseis foram datados entre 4.650 e 10.200 anos atrás, ou seja, na época em que havia água no deserto, afirma os cientistas da Universidade Sapienze de Roma.
"O estudo revela a antiga rede hidrográfica do Saara e sua interconexão com o Nilo, fornecendo informações cruciais sobre as dramáticas mudanças climáticas que resultaram na formação do maior deserto quente do mundo", afirmam pesquisadores.
Além disso, eles ressaltaram a importância do Saara para reconstruir a dinâmica complexa entre grupos de humanos antigos e seu ambiente em um clima em mudança.