Na quinta-feira (20), os petroleiros já tinham decidido suspender a paralisação até a realização da audiência de conciliação. A reunião foi mediada pelo ministro do TST em Brasília.
O acordo prevê que metade dos dias parados durante a greve será descontado dos trabalhadores, enquanto a outra metade será compensada por meio de horas extras.
Além disso, a multa aplicada aos sindicatos dos petroleiros foi reduzida de R$ 58,5 milhões para R$ 2,47 milhões. O valor será retido da mensalidade paga pela Petrobras aos sindicatos. O TST tinha considerado a greve ilegal.
Uma das exigências dos grevistas, a Petrobras suspenderá a aplicação da nova tabela de turnos, que passará a ser feita pelos trabalhadores.
Reunião para discutir demissões em subsidiária da Petrobras
Além disso, na próxima quinta-feira (27) haverá uma reunião para discutir as demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), da Araucária Nitrogenados (Ansa), subsidiária da Petrobras.
"Conseguimos resolver a questão da tabela de turnos, conseguimos resolver também, de certa forma, a questão de dias parados e a questão das multas e agora ficou para quinta-feira que vem uma mesa de negociação em relação a questão da Ansa", disse Ives Gandra, segundo publicado pelo portal G1.
As dispensas na empresa tinham originado o movimento grevista, que começou em 1º de fevereiro. Os petroleiros pedem a suspensão das demissões na Fafen, que segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP) afetaram mais de mil famílias.
A Petrobras interrompeu a produção na fábrica, que de acordo com a estatal é deficitária. Por enquanto, os desligamentos na unidade permanecem suspensos até 6 de março.
'Isso foi feito hoje'
"Desde o começo, a pauta da greve era a abertura de negociação sobre o fechamento da fábrica. Isso foi feito hoje" disse Cibele Vieira, coordenadora da FUP, segundo publicado pelo jornal O Globo.
Os petroleiros entraram em greve por considerar que a Petrobras descumpriu o acordo coletivo de trabalho, firmado em novembro do ano passado, que previa a não demissão em massa de funcionários sem discussão com os sindicatos.
No entanto, a FUP argumenta que dois meses após o acordo, a Ansa anunciou a demissão sumária dos trabalhadores da fábrica em Araucária.