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Bolsonaro critica Mangueira, que trouxe imagens de Jesus negro, gay, mulher e vítima da polícia

© Sputnik / Paula MagalhãesComissão de Frente da Mangueira durante desfile do Grupo Especial no carnaval de 2020.
Comissão de Frente da Mangueira durante desfile do Grupo Especial no carnaval de 2020. - Sputnik Brasil
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O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta terça-feira (25) o enredo da Mangueira, que trouxe para a Marquês de Sapucaí imagens de Jesus negro, mulher, gay, morador de rua e alvo de batida policial.

Bolsonaro fez o comentário durante caminhada em Praia Grande, no litoral sul de São Paulo, que foi transmitida em redes sociais do presidente. 

Ele está hospedado no Guarujá, que fica ao lado de Praia Grande, junto ao ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, desde sexta-feira. 

A Mangueira se apresentou domingo (23) no Sambódromo, primeiro dia de desfile do Grupo Especial das escolas de samba do Rio de Janeiro. 

'Uma escola de samba desacatando as religiões, né?'

"Vamos ver a reação do povo aí. Um dia vou ter alguma vaia também, né? E a imprensa vai divulgar. [O jornal] Folha de S.Paulo, hoje, foi buscar uma imagem no carnaval do Rio, uma imagem de uma escola de samba desacatando as religiões, né? Cristo levando uma batida de policial. Faz uma vinculação comigo. Estão buscando uma imagem no Rio para me atingir", disse Bolsonaro. 

A capa da Folha de S.Paulo desta terça-feira trouxe o título "Mangueira usa imagens de Jesus para criticar Bolsonaro". 

A Mangueira se destacou pelo protesto político, com lideranças de diversas religiões e variações de Jesus Cristo representadas por grupos marginalizados. 

Em um de seus carros alegóricos, Jesus surgiu como um jovem negro e pobre crucificado e crivado de balas. O jovem negro é o grupo mais vitimado entre assassinatos no Brasil.

Na Comissão de Frente, Jesus foi apresentado como um morador de favela alvo de uma batida policial. 

'Nem Messias de arma na mão'

Além disso, a escola fez uma crítica à bandeira armamentista do governo, com uma citação ao nome do meio de Bolsonaro, Messias, em um trecho da letra de seu samba: “Favela, pega a visão, não tem futuro sem partilha, nem Messias de arma na mão”.

O enredo da Mangueira foi intitulado A Verdade Vos Fará Livre, uma referência a um versículo da Bíblia que se tornou lema de Bolsonaro e seus apoiadores: "E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". 

'Respeitem os católicos e cristãos'

Em sua conta no Twitter, o ministro Ramos reforçou as críticas de Bolsonaro à escola de samba.

"Sou defensor da liberdade de expressão, valor importante na democracia! Mas como cristão não creio ser razoável usar a figura de Jesus, filho de Deus, da forma que a escola de samba Mangueira fez! Independentemente dos que acreditam ou não, respeitem os católicos e cristãos!”, escreveu.

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