Dos milhares de militares com o problema, pelo menos 24 acabaram morrendo devido à alta concentração do gás incolor, indolor e mortal no sangue.
Entretanto, a maior parte dos casos foi acidental, enquanto 11% foram feitos de maneira intencional, conforme publicou o portal Military.com citando dados da Agência de Saúde da Defesa dos EUA (DHA, na sigla em inglês).
Trabalho perigoso
Ainda de acordo com o órgão, a maior taxa de incidentes com monóxido de carbono se deu entre militares ocupados com atividades de conserto e engenharia.
Segundo os dados, os militares americanos "enfrentam fontes únicas e fatais de considerável exposição ao monóxido de carbono (CO) que não são observadas no setor privado".
Militares que manipulam canhões, tanques, mísseis, armas de calibre pequeno em lugares fechados e tripulações de helicópteros armados podem ser expostos ao gás.
Também estão sob risco todos os que trabalham com motores, maquinários e veículos que durante o funcionamento emitem monóxido de carbono.
Milhares de afetados
A contagem do número dos que inalaram o gás entre militares e seus familiares chegou a 6.400.
Os dados foram colhidos durante 10 anos em 190 instalações militares americanas tanto dentro quanto fora dos EUA.
Acidentes
Em um dos casos, um grupo de 21 militares americanos sofreu intoxicação quando uma mangueira de ventilação corroída causou a concentração do gás em uma cozinha de campanha perto da base aérea de Eielson, no estado americano do Alasca em setembro de 2014.
Também em 2017 quatro soldados sofreram do mesmo problema a bordo de um tanque M1A2 Abrams durante exercícios na Lituânia. Na ocasião, o veículo apresentou falha técnica.