De acordo com relatórios apresentados na última quinta-feira (28), o Bank of America Merrill Lynch diminuiu a previsão de crescimento do Brasil de 2,2% para 1,9%, enquanto o JP Morgan cortou de 1,9% para 1,8%.
"O surto de coronavírus deve impactar negativamente as exportações. Dado o maior impacto esperado do vírus e os contínuos indicadores de atividade econômica sem sinal uniforme no Brasil, reduzimos nossa previsão em outros 30 pb [pontos base]", afirmaram os economistas do banco Bank of America Merrill Lynch, David Beker e Ana Madeira, citados pela Reuters.
O economista e consultor do BID, da ONU e do Banco Mundial, Roberto Macedo, em entrevista à Sputnik Brasil, afirmou que o país terá um crescimento inferior a 2% independente do coronavírus.
"Independente do coronavírus, eu já reduzi a minha previsão de crescimento do Brasil. No último artigo que eu publiquei no Estadão uma semana e meia atrás, a minha previsão de que vai crescer menos de 2% [...] pra você crescer, você precisa investir e eu não tô vendo nada de investimento", argumentou.
"O governo vai usar isso como desculpa pra dizer que cresceu pouco. E esses dias deve sair o resultado do PIB do ano passado [...] e é provável que dê uma taxa inferior aos dois anos anteriores que foi 1,3%", acrescentou.
O especialista destacou, entretanto, que se o coronavírus tiver impacto no Brasil o crescimento deve cair ainda mais abaixo.