O acordo foi assinado pelo emissário de paz dos EUA para o Afeganistão, Zalmay Khalilzad, e pelo cofundador do movimento Talibã Mullah Abdul Ghani Baradar.
O referido acordo foi assinado depois de um período bem-sucedido de redução da violência, que durou uma semana, que tinha sido anunciado no dia 22 de fevereiro.
Anteriormente os governos dos EUA e Afeganistão divulgaram uma declaração conjunta de acordo com a qual Washington irá retirar todas as suas tropas do Afeganistão dentro de 14 meses.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, enumerou as condições-chave do acordo entre os EUA e o Talibã.
"Cumpram as suas promessas, cortem os laços com a Al-Qaeda, continuem lutando contra o Daesh," disse Pompeo se dirigindo ao movimento Talibã.
Além disso, Washington também deverá "reduzir inicialmente seu contingente militar no país para 8.600 homens e implementar outros compromissos do acordo com o Talibã no prazo de de 135 dias" a partir do anúncio da declaração.
O chefe do gabinete político do grupo militante no Qatar disse que o Talibã vai aderir ao acordo de paz assinado hoje em Doha. A Al-Qaeda, o Daesh e o Talibã são grupos terroristas proibidos na Rússia e em outros países.
"Os EUA e o movimento Talibã concluíram com êxito as conversações no Qatar. Quero parabenizar a todos por este feito. Vamos cumprir com o acordo e, como força política, queremos que ele seja implementado pelos países vizinhos", disse Abdul Ghani Baradar.
De acordo com a mídia "este passo reflete o sério desejo" dos EUA e do Talibã de superar os obstáculos e avançar para alcançar a paz, uma vez que os "esforços do Qatar ajudaram a aproximar os pontos de vista e a construir confiança".
"Graças aos esforços do Qatar, que durante o ano passado acolheu conversações de paz entre o Talibã e a delegação dos EUA, este ano pode se tornar um ano de paz para o Afeganistão e satisfazer as esperanças do povo afegão de alcançar um acordo de paz abrangente que acabe com a violência e prepare a retirada das tropas dos EUA", aponta o jornal.