Antes da assinatura de um acordo entre o Talibã (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países) e os EUA, a declaração conjunta de Washington e Cabul estipulou um prazo de 14 meses para a retirada dos militares americanos do Afeganistão.
"Consistente com a avaliação conjunta e a determinação dos Estados Unidos e da República Islâmica do Afeganistão, os EUA, seus aliados e a coalizão completará a retirada de suas forças restantes no Afeganistão dentro de 14 meses após o anúncio desta declaração conjunta e do acordo entre os EUA e o Talibã", indica o texto do documento, conforme publicou o portal TOLO News.
Além disso, Washington também deverá "reduzir inicialmente seu contingente militar no país para 8.600 homens e implementar outros compromissos do acordo com o Talibã no prazo de de 135 dias" a partir do anúncio da declaração.
Trump exortou "o povo afegão a aproveitar esta oportunidade de paz e de um novo futuro para o Afeganistão", noticiou a TOLO News.
Talibã ordena cessar-fogo
Por sua vez, os líderes do grupo já ordenaram o fim das hostilidades contra as forças americanas.
"Hoje todos os combatentes do Talibã têm ordens para se absterem de qualquer forma de ataque [...] para a felicidade da nação", declarou Zabihullah Mujahid, porta-voz do grupo, segundo a Reuters.
As negociações com o Talibã também deverão trazer a troca de prisioneiros. Enquanto isso, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, declarou que entre as condições chave do acordo estão o fim das relações com a Al-Qaeda (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países), iniciar o diálogo com o governo afegão e combater o Daesh (grupo terrorista também proibido na Rússia e em outros países).
Guerra de quase 20 anos
Em 2001, após os atentados terroristas de 11 de setembro desse ano, os EUA, sob o governo de George Walter Bush, iniciou uma campanha militar contra o Talibã no Afeganistão.
Desde então, Washington manteve tropas no país na tentativa de destruir o grupo e fortalecer o governo afegão.