EUA advertem China contra 'brincar de laser tag' com avião de vigilância no mar das Filipinas

© REUTERS / U.S. Navy / Jake GreenbergPorta-aviões norte-americanos USS John C. Stennis e USS Ronald Reagan no mar das Filipinas (foto de arquivo)
Porta-aviões norte-americanos USS John C. Stennis  e USS Ronald Reagan no mar das Filipinas (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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A Frota do Pacífico dos EUA relatou o incidente 11 dias depois de este ter ocorrido em águas internacionais do mar das Filipinas.

Em uma aparente mensagem para a China no final da semana passada, a Marinha dos EUA advertiu contra o ataque com lasers a militares norte-americanos.

"Vocês não querem brincar de laser tag com a gente", advertiu a Marinha norte-americana em seu perfil Instagram na sexta-feira (28), referindo-se a um navio de guerra chinês que teria recentemente apontado um laser militar "de forma pouco segura e pouco profissional" contra um avião de vigilância dos EUA "no espaço aéreo das águas internacionais".

Vocês não querem brincar de laser tag com a gente. A Marinha Chinesa apontou recentemente um laser de forma pouco segura e pouco profissional para um P-8A Poseidon da Marinha dos EUA voando no espaço aéreo das águas internacionais. Estes atos violam o Código para Encontros Não Planejados no Mar, um acordo multilateral alcançado no Simpósio Naval do Pacífico Ocidental de 2014 para reduzir a chance de um incidente no mar.

O episódio, que ocorreu no mar das Filipinas cerca de 400 milhas (640 quilômetros) a oeste de Guam, foi relatado pela Frota do Pacífico dos EUA mais de uma semana após sua ocorrência. As autoridades chinesas ainda não comentaram o assunto.

Em um comunicado na sexta-feira (28), a frota alegou que, em 17 de fevereiro, um destróier chinês apontou um laser militar para uma aeronave de vigilância P-8A Poseidon.

"O laser, que não era visível a olho nu, foi capturado por um sensor a bordo do P-8A. Os lasers militares podem potencialmente causar sérios danos à tripulação e aos marinheiros, bem como aos sistemas de navios e aeronaves", apontou a declaração.

A Marinha dos EUA prometeu que, apesar do incidente, seus "aviões e navios continuarão a voar, navegar e operar em qualquer lugar que a lei internacional permita".

© AP Photo / Dai Zongfeng/Xinhua Destróier chinês, Taizhou (arquivo)
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Destróier chinês, Taizhou (arquivo)

No que diz respeito à sua mensagem no Instagram, ela parece incluir uma foto aérea da ilha Woody, um dos maiores postos avançados insulares de Pequim no mar do Sul da China, incluindo o texto: "Entretanto, no mar do Sul da China". O jornal The Epoch Times sugeriu que a foto "é provavelmente ilustrativa", dado que o incidente de 17 de fevereiro não teve lugar perto da ilha Woody.

Tensões na Ásia-Pacífico

Além de Pequim, as ilhas do mar do Sul da China são disputadas pelas Filipinas, Brunei, Malásia, Taiwan e Vietnã.

Apesar de não reivindicarem os territórios, os EUA também estão ativamente envolvidos na disputa, enviando seus navios militares para o mar do Sul da China para cumprir missões de "liberdade de navegação". Estas têm suscitado duras críticas de Pequim, que descreve tais atos como "provocações".

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