"São três anos de resultados positivos, mas o PIB ainda não anulou a queda de 2015 e 2016 e está no mesmo patamar do terceiro trimestre de 2013", disse Rebeca Palis, coordenadora das Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, segundo publicado pelo portal G1.
Em 2017 e 2019 a economia cresceu 1,3%. Em 2015, houve queda 3,5%, enquanto em 2016, a recessão foi de 3,3%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Apesar da terceira alta anual consecutiva, a economia do país ainda está abaixo do patamar pré-recessão. Em valores correntes, o Produto Interno Bruto do ano passado totalizou R$ 7,3 trilhões. O PIB per capita (por habitante) teve crescimento de apenas 0,3%, totalizando R$ 34.533.
Mercado esperava crescimento de cerca de 1%
O resultado foi dentro do esperado pelo mercado, que após uma queda na atividade econômica em novembro e dezembro de 2019 projetava um PIB de aproximadamente 1%. No começo do ano passado, a expectativa era de crescimento de 2%. Já a estimativa do Ministério da Economia para o resultado final era de alta de 1,12%.
A maior contribuição para o avanço do PIB veio do consumo das famílias, com alta de 1,8%. Em relação aos setores da economia, houve crescimento na agropecuária (1,3%), indústria (0,5%) e serviços (1,3%).
No 4º trimestre de 2019, crescimento de 0,5%
Ao considerar apenas o quarto trimestre de 2019, a economia cresceu 0,5% ante o terceiro trimestre do ano passado, o nono resultado positivo consecutivo nesta comparação.
Para 2020, economistas consultados pelo Banco Central preveem alta de 2,17%, segundo o último Boletim Focus, divulgado nesta semana. A projeção é menor do que a do início do ano, que foi de 2,3%. O motivo da redução é o provável impacto do coronavírus na economia brasileira e mundial.