Esta situação mostra a escala e profundidade da poluição plástica no planeta: um estudo publicado nesta quinta-feira (5) revela a descoberta de uma nova espécie descoberta a quilômetros de profundidade e já afetada pelo fenômeno.
Eurythenes Plasticus : un petit crustacé des abysses contaminé par le plastique avant même d'être découverthttps://t.co/rVmh4Uwe7a pic.twitter.com/aaSZ0xm8bj
— franceinfo (@franceinfo) March 5, 2020
Eurythenes Plasticus: um pequeno crustáceo das profundidades contaminado pelo plástico antes mesmo de ser descoberto
A identidade dessa espécie, contaminada por um polímero usado na produção de garrafas de plástico, já está intimamente ligada com a poluição, pois foi nomeada Eurythenes plasticus, relata o portal Franceinfo.
A quase 7 mil metros de profundidade se encontra microplástico
O pequeno anfípode, de menos de um centímetro, foi encontrado a 6.900 metros de profundidade na Fossa das Marianas, no oceano Pacífico, um dos locais mais profundos do mundo.
Partículas de plástico já foram identificadas nesta fossa. "Existem muitas novas espécies que encontraremos e descreveremos, nos oceanos, que estarão contaminadas, infelizmente", lamenta Arnaud Gauffier, diretor de projetos do Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês), em entrevista ao portal francês.
"Ainda não as conhecemos, mas é altamente provável que seus organismos já contenham partículas de plásticos originados de uma atividade humana", comenta Gauffier.