O senador Flávio Bolsonaro disse que o governo está agindo para "desatar os nós" da legislação e permitir e ampliar a exploração turística da região.
O arquipélago é protegido por duas Unidades de Conservação (UCs) Federais: o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e a Área de Proteção Ambiental de Fernando de Noronha-Rocas-São Pedro e São Paulo; e abriga diversas espécies ameaçadas de extinção.
O professor da Faculdade de Oceanografia da UERJ, David Zee, em entrevista à Sputnik Brasil, disse não ser contra uma maior exploração da região, desde que isso gere mais recursos para estudos ambientas para preservar o arquipélago.
"Eu acho que o mais importante é que seja feita uma avaliação ambiental, uma vez que levar mais pessoas para Fernando de Noronha é bastante interessante, porque cria uma visibilidade grande e também serve efetivamente como um retorno à sociedade e um aproveitamento turístico da região", observou.
De acordo com o especialista, o "importante é que isso possa trazer recursos para que a pesquisa do desenvolvimento de tecnologias sustentáveis possa manter o arquipélago de Fernando de Noronha intacto e imune a um eventual impacto". "O pior impacto é o abandono, é a falta de estudos e investimentos", destacou.
O oceanógrafo observou, entretanto, que a liberação de cruzeiros pode sim trazer impactos negativos para a preservação da região se não houver estudos que comprovem a segurança ambiental.
"Sem dúvida nenhuma pode trazer impacto. Por isso que é muito importante que se faça estudos de impacto ambiental, estudos em um prazo bastante longo, de tal forma que tenhamos certeza absoluta que isso não vai comprometer a segurança e a preservação desses ecossistemas", completou.