"Estamos observando com preocupação como os EUA continuam a melhorar suas capacidades de defesa antimísseis de forma consistente, vigorosa e intensiva, com base em altas alocações e sérios avanços tecnológicos", disse o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov.
"Os próximos testes da última modificação do míssil SM-3 Block IIA, que é o equivalente a um míssil balístico intercontinental, inserem-se neste contexto. Esses mísseis estão à disposição de poucos Estados", explicou Ryabkov em entrevista ao jornal Kommersant.
"Por isso, a única conclusão possível é que os EUA estão começando a desenvolver seu sistema para nos confrontar diretamente, para construir um potencial que poderia começar a desvalorizar os meios russos de dissuasão nuclear", complementou.
Segundo Ryabkov, o lado russo tem afirmado repetidamente que "as medidas na área militar tomadas [por Moscou] nos últimos anos tornam possível garantir de forma segura esse potencial dissuasor nas condições de desenvolvimento futuro do sistema antimíssil americano".