Na sexta-feira, a emissora NBC News relatou, citando três autoridades norte-americanas, que o governo coletou "inteligência persuasiva", provando que o Talibã não pretendia cumprir o acordo de paz assinado com os EUA em Doha, no Qatar, na semana passada.
"Negamos categoricamente as declarações de inteligência americanas para NBC News que o Talibã não pretende cumprir o acordo. O processo está indo bem até agora, e esses comentários de autoridades americanas não podem ser confirmados", declarou Shaheen, conforme citado pelo site TOLOnews.
O acordo de paz estipula, entre outras coisas, a retirada de tropas estrangeiras do território afegão nos próximos 14 meses em troca de garantias de que o país não se tornará um porto seguro para terroristas.
O acordo também prevê o início das negociações intra-afegãs em 10 de março, uma vez que até 5.000 prisioneiros do Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) serão libertados naquele momento. No entanto, o presidente afegão Ashraf Ghani disse pouco depois que Cabul nunca se comprometeu a libertar tantos prisioneiros como condição prévia para as negociações, mas como parte delas.