As medidas, anunciadas nesta segunda-feira, se somam a outras ações restritivas que vêm sendo adotadas mundo afora para controlar a disseminação da COVID-19, doença que já matou mais de 4 mil pessoas em todo o mundo desde o início da epidemia, em dezembro.
Atualmente, o Oriente Médio responde por cerca de 7.600 dos mais de 114 mil casos registrados de contaminação pelo novo coronavírus ao redor do globo, segundo dados da Associated Press. Na região, o país mais afetado é o Irã, com 7.161 casos confirmados e 237 mortes.
"Em meio a preocupações para proteger a saúde dos cidadãos e habitantes e garantir a sua segurança, o governo do reino decidiu suspender temporariamente as viagens", disse um funcionário do Ministério do Interior saudita, citado pela AP.
Com 50 casos confirmados — 30 a mais do que a Arábia Saudita —, Israel decidiu ampliar o alcance das medidas restritivas adotadas pelo governo anteriormente. Agora, a quarentena de 14 dias, indicada inicialmente para residentes que estivessem voltando ao país depois de visitar determinados destinos na Ásia e na Europa, passará a valer para todos os casos de viagens internacionais.
"Após um dia de discussões complexas, tomamos uma decisão: todos que vierem a Israel do exterior entrarão no isolamento de 14 dias", declarou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nesta segunda-feira. "Essa é uma decisão difícil, mas é essencial proteger a saúde pública, e a saúde pública precede tudo."
Segundo órgãos de imprensa locais citados pela Reuters, a quarentena anunciada pelo governo de Israel deverá afetar 300 mil cidadãos em um país de, aproximadamente, 9 milhões de pessoas. Para os estrangeiros que quiserem entrar no território israelense durante essa restrição, será preciso comprovar a disponibilidade para aderir, por conta própria, a uma quarentena no país, a partir da próxima quinta-feira.