Serão anunciados pela primeira vez em Moscou, em relatório a apresentar na sede da agência de notícias Rossiya Segodnya, os nomes de veteranos da Legião Letã (formação das Waffen-SS alemãs durante a Grande Guerra pela Pátria) que agora vivem em vários países.
Crime de guerra
Um dos autores do estudo, o diretor da fundação russa Memória Histórica, Aleksandr Dyukov, disse à Sputnik que as subunidades que fizeram parte desta formação nazista letã cometeram uma série de crimes durante a Segunda Guerra Mundial que podem ser classificados como crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
Segundo ele, foram as unidades punitivas letãs que massacraram a população civil das povoações de Zhestyanaya Gorka e Chornoe entre 1941 e 1943. Em maio de 2019, a comissão de inquérito russa abriu um processo criminal por genocídio.
Dyukov comunicou que revelaria os nomes de 96 ex-nazistas, 32 dos quais vivem atualmente nos Estados Unidos, 21 na Letônia, 19 na Austrália, 15 no Canadá, quatro no Reino Unido, três no Brasil e dois na Argentina.
Nesses países eles estabeleceram a sua própria organização, chamada Falcões de Daugava.
O historiador observou que os idosos veteranos das SS recebem pensões do Ministério da Defesa da Letônia e condecorações das mãos dos chefes de Estado.
Capitulação do regime nazista
Os destacamentos punitivos foram formados durante a Segunda Guerra Mundial pelo Comando da Alemanha nazista em território letão para combater os guerrilheiros e retaliar contra a população que apoiava o Exército Vermelho soviético.
Os russos se referem à Grande Guerra pela Pátria como o período entre 22 de junho de 1941 – o início da invasão alemã da União Soviética – e a capitulação do regime nazista em maio de 1945.
O povo soviético defendeu sua pátria com heroísmo em um confronto que durou 1.418 dias e terminou com a derrota completa do bloco fascista em 9 de maio de 1945, conhecido como o Dia da Vitória.