Neste domingo (15), casos de coronavírus foram confirmados no Ruanda, Namíbia, Guiné Equatorial, Mauritânia e Suazilândia. Todos os casos foram importados de outros continentes, assim como a imensa maioria dos casos reportados na África até agora.
Os governos e autoridades de saúde se apressam a tomar medidas de controle no continente de 1,3 bilhão de habitantes. Caso a infecção se dissemine, países com sistemas de saúde pública frágil podem ter taxas de mortalidade elevadas.
A Namíbia, que confirmou dois casos de COVID-19 de cidadãos vindos da Espanha, cancelou as comemorações do Dia da Independência, previstas para 21 de março. O país irá redirecionar o orçamento das comemorações para fortalecer seu sistema de saúde, reportou o Washington Post.
A Mauritânia, localizada na região sul do deserto do Saara, decidiu fechar as escolas por uma semana, reduzir o tráfego nas fronteiras e cancelar eventos públicos. O governo solicitou ainda que pessoas que estiveram em áreas afetadas entrem em quarentena.
A África do Sul confirmou mais 14 novos casos neste sábado (14), atingindo um total de 38 pacientes confirmados no país.
A Força Aérea sul-africana repatriou 121 estudantes que estavam em Wuhan, na China, epicentro do coronavírus. Apesar de todos os passageiros terem recebido testes negativos para a COVID-19, o governo solicitou que ficassem em quarentena durante 21 dias em um hospital próximo ao aeroporto de Polokwane.
A maioria dos pacientes se recupera da COVID-19 em cerca de duas semanas. Nos casos mais severos, pacientes podem levar até seis semanas para se recuperar.
Especialistas temem que hospitais de alguns países africanos podem carecer de condições para oferecer tratamento por tempo prolongado, além de não disporem de unidades de tratamento intensivo.