Neste domingo (15), o Ministério das Justiça de Israel informou que o julgamento de Benjamin Netanyahu, que deveria ter início em 17 de março, foi adiado para 24 de maio "em função da propagação do coronavírus".
O primeiro-ministro israelense é acusado de recebimento de propina em três ocasiões diferentes, além de suborno, quebra de confiança e fraude.
Netanyahu, que está implementando medidas duras contra a propagação da epidemia, nega as acusações.
Além de sua batalha judicial, o premiê, que também lidera o partido de direita Likud, luta pela sua permanência no cargo, após as eleições do dia 2 de março não apontarem um claro vencedor. As eleições gerais foram as terceiras em menos de um ano, mas seus resultados foram inconclusivos.
Netanyahu é acusado de receber US$ 264 mil (mais de R$ 1 milhão) em presentes, incluindo charutos e champanhe, e de garantir facilidades regulatórias em troca de cobertura midiática favorável.
Se for considerado culpado das acusações de suborno, o primeiro-ministro de 70 anos pode ser condenado a até 10 anos de prisão. As penas por fraude e quebra de confiança poderiam acrescentar até mais três anos à pena.