Mas ressaltou que não haverá votações no Plenário da Câmara dos Deputados, a não ser relacionadas à pandemia do novo coronavírus.
"Amigos, é o seguinte. Claro que a gente não vai fazer sessão com 300 deputados no plenário. A gente só vai ao plenário se tiver acordo pra votar matérias relacionadas ao coronavírus, mas acho que o parlamento não estar funcionando neste momento onde ele é parte da solução, acho que a sociedade vai ficar mais assustada ainda, mas claro que não é pra ficar todo mundo no plenário", disse Maia no áudio enviado para as bancadas dos partidos, segundo publicado pelo jornal O Globo.
O presidente da Câmara sugeriu que os parlamentares trabalhem de suas residências ou hotéis e diminuam o número de assessores.
'Cada um pode ficar no seu apartamento'
"Cada um pode ficar no seu apartamento, no seu hotel, no seu gabinete, reduzir o número de assessores de gabinete, deixar no máximo um. Mas eu acho que quem puder estar em Brasília ajuda a gente conseguir construir projetos", afirmou o deputado.
Segundo Maia, a Câmara apoiará projetos do governo sobre o coronavírus, mas os contatos entre os parlamentares devem ser o mínimo possível.
"O governo mandou um projeto do coronavírus, difícil alguém ficar contra né. A gente constrói o acordo antes, fora, pelo Whatsapp, conversando pelo telefone, em alguns casos duas pessoas juntas, três conversando. É claro que ninguém vai botar 300 deputados no plenário de forma nenhuma", salientou.
Até o momento, há um caso de parlamentar infectado pelo novo coronavírus, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), que viajou na comitiva que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos.
No domingo (15), Maia usou as redes sociais para repreender Bolsonaro por seu apoio e participação em manifestações pró-governo realizadas ontem pelo Brasil.
'Pouco caso da pandemia'
Maia afirmou que Bolsonaro "fez pouco caso da pandemia" do novo coronavírus, e classificou sua ida às manifestações como "atentado à saúde pública". O presidente circulou pelos atos de dentro de seu carro em Brasília, mas interagiu com manifestantes que estavam em frente ao Palácio do Planalto, inclusive com apertos de mãos.
Em entrevista para a CNN Brasil, Bolsonaro rebateu as críticas e desafiou Maia e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que também criticou a postura do presidente, a irem "às ruas" e verem como "serão recebidos".