Representante da OMS explica alta taxa de mortalidade do coronavírus na Itália

© REUTERS / Yara NardiPessoas com máscaras para evitar contágio de coronavírus fazem foto em praça em Milão, na Itália
Pessoas com máscaras para evitar contágio de coronavírus fazem foto em praça em Milão, na Itália - Sputnik Brasil
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Segundo a representante da Organização Mundial da Saúde na Rússia, há vários fatores que poderão ter contribuído para o elevado número de mortes em Itália, entre eles a população idosa do país.

O elevado número de mortes na Itália pode ser explicado pelo fato de as autoridades sanitárias não terem sido capazes de detectar a propagação da epidemia desde o início, aponta Melita Vujnovic, a representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Rússia, em uma entrevista à publicação russa RBС.

"Parece que houve muitas pessoas na Itália que ficaram doentes de repente, mas não está claro como isso aconteceu, [é algo que] agora os especialistas estão investigando. A população pode não ter compreendido que estava doente, podia desconhecer os sintomas da doença e podia não saber aonde recorrer", disse Vujnovic.

Quanto maior for a idade média de uma população, relata ela, maior é a taxa de mortalidade, o que explica as mais de 1.000 mortes na Itália. Vujnovic também refere que é impossível dizer se o SARS-CoV-2 atingiu seu pico, uma vez que não existem dados suficientes para concluir.

A taxa de mortalidade é agora de cerca de 3%, mas o número exato não será conhecido até que a epidemia termine. Ainda não há crianças ou jovens entre os falecidos, mas à medida que a idade dos doentes aumenta também sobe a taxa de mortalidade. Na faixa etária acima dos 80 anos a mortalidade pode chegar a 14%, informa a representante da OMS.

A vacina contra o coronavírus está sendo desenvolvida pelas mesmas pessoas que estão desenvolvendo vacinas contra a gripe sazonal. Contudo, não se trata de algo semelhante ao que inventou o microbiologista francês Louis Pasteur.

"Ninguém submeterá a população a testes maciços, mas o pessoal de saúde que trata do coronavírus conseguirá encontrar voluntários e fazer os testes necessários", salienta a interlocutora.

As vacinas modernas consistem de material genético que ajuda os leucócitos a saberem que um corpo indesejado entrou no organismo. Desta forma, elas formam uma memória nos glóbulos brancos para que, se o vírus aparecer, eles possam reconhecê-lo e atacá-lo.

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