A equipe científica liderada pelo cientista planetário Angel Mojarro, do MIT, modelou as condições geoquímicas de Marte há quatro bilhões de anos, com base no conhecimento atual da geoquímica do planeta.
"Neste estudo sintetizamos observações locais e orbitais de Marte, bem como a modelagem de sua atmosfera inicial em soluções contendo uma gama de pHs e concentrações de metais prebioticamente relevantes, abrangendo vários possíveis ambientes aquosos", escreveram os cientistas no estudo publicado no bioRxiv.
"Nós então determinamos experimentalmente a cinética da degradação do RNA devido à hidrólise catalisada por metais e avaliamos se Marte nos tempos primordiais poderia ter sido permissivo em relação à acumulação de polímeros de RNA de longa duração."
Se o estudo estiver correto, a vida pode ter se formado em Marte de acordo com a hipótese do mundo do RNA, que assume, como parte do processo evolutivo, que o RNA é anterior ao DNA (ácido desoxirribonucleico) no qual nossa informação genética é largamente encontrada.
A pesquisa ainda não foi revisada, mas a história geoquímica do planeta pode ser usada para determinar se Marte em algum momento foi pelo menos propício à vida.