Cientistas norte-americanos do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID, na sigla em inglês) analisaram o tempo que o novo coronavírus, causador da COVID-19, é capaz de sobreviver no ar e em diferentes superfícies.
Os testes mostraram que o vírus, quando carregado por micropartículas de água, análogas às que são liberadas pelo paciente quando espirra ou tosse, mantém sua capacidade de contaminar outras pessoas por até três horas.
No entanto, cerca de metade das partículas do vírus perde suas funções de forma significativa após 66 minutos.
Portanto, após uma hora e seis minutos, três quartos das partículas do vírus ficam incapacitadas, enquanto 25% se mantêm ativas.
Após três horas, somente 12,5% das partículas do vírus se mantêm ativas, de acordo com a coordenadora da pesquisa, Neeltje van Doremalen.
Superfícies
A capacidade de sobrevivência do novo coronavírus em superfícies é bastante superior. No aço, metade das partículas do vírus ficam ativas por até 5 horas e 38 minutos. No plástico, a metade das partículas sobrevive por até 6 horas e 49 minutos.
No papelão, o vírus se mantém ativo por cerca de três horas e meia. No entanto, os testes conduzidos com esse material se mostraram inconclusivos, e os pesquisadores pedem "cautela" ao interpretar esse dado, reportou a Reuters.
A superfície na qual o novo coronavírus tem mais dificuldade de se manter ativo é o algodão. Neste tecido, metade das partículas ficam inativas em até 46 minutos.