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Casos de coronavírus no Brasil só terão 'queda brusca em setembro', diz ministro

© REUTERS / Adriano MachadoHomem usa máscara no Hospital Regional da Asa Norte após suspeita de primeiro caso de coronavírus em Brasília
Homem usa máscara no Hospital Regional da Asa Norte após suspeita de primeiro caso de coronavírus em Brasília - Sputnik Brasil
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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse nesta sexta-feira (20) que os casos de coronavírus no Brasil vão subir nas próximas semanas e só terão uma "queda brusca" a partir de setembro. 

"A gente imagina que ela vai pegar velocidade e subir na próxima semana ou 10 dias. A gente deve entrar em abril e iniciar a subida rápida. Essa subida rápida vai durar o mês de abril, o mês de maio e o mês de junho, quando ela vai começar a ter uma tendência de desaceleração de subida", disse o ministro em durante videoconferência com empresários, segundo o jornal O Globo. 

Até o momento, o Brasil registra 904 casos confirmados da COVID-19, doença provocada pelo vírus, com 11 mortes, nove em São Paulo e duas no Rio de Janeiro. 

De acordo com o ministro, o comportamento do coronavírus no país será parecido ao ocorrido na China. 

"No mês de julho ela deve começar o platô. Em agosto, esse platô vai começar a mostrar tendência de queda. E a queda em setembro é uma queda profunda, tal qual foi a queda de março na China", afirmou. 

'Sistema em colapso'

O ministro disse ainda que o sistema de saúde deverá entrar em "colapso" no mês que vêm, quando nem todos os doentes conseguirão atendimento médico. 

"Claramente no final de abril nosso sistema entra em colapso. O que é um colapso? Às vezes as pessoas confundem colapso com sistemas caóticos, com sistemas críticos, aonde você vê aquelas cenas, pessoas nas macas. O colapso é quando você pode ter o dinheiro, você pode ter o plano de saúde, pode ter a ordem judicial, mas simplesmente não há um sistema para você entrar. É o que está vivenciando a Itália", afirmou Mandetta. 

Na quinta-feira (19) o número de mortos na Itália pelo novo coronavírus superou o da China, chegando a mais de 3.400 vítimas fatais.

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