Em uma postagem em sua página no Twitter, Crivella defendeu a abertura de "alguns comércios", conscientizando a população de que não pode haver aglomerações. Além disso, o prefeito do Rio disse crer em uma normalização em até 15 dias.
Estamos atualizando algumas medidas já tomadas. A partir de sexta (27), começaremos a abrir, aos poucos, alguns comércios, como lojas de material de construção e lojas de conveniência (postos de gasolina). Mas vamos conscientizar a população de que não poderá haver aglomeração.
— Marcelo Crivella (@MCrivella) March 25, 2020
Se todos colaborarem, seguindo as medidas, em 15 dias poderemos retomar as normalidades.
— Marcelo Crivella (@MCrivella) March 25, 2020
A quarentena é decisiva!
A fala de Crivella acontece um dia após Bolsonaro defender, em rede nacional, a retomada da normalidade e o confinamento exclusivo de pessoas com mais de 60 anos. O presidente classificou o novo coronavírus como uma "gripezinha" e criticou a imprensa por uma suposta "histeria".
Entretanto, o governador do estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, já indicou que vetará a reabertura de qualquer comércio na capital fluminense, de acordo com informações do jornal O Globo. Contrário ao que disse Bolsonaro, ele prepara um decreto para desautorizar Crivella.
A determinação é clara: fique em casa. As soluções virão a seu tempo. O momento é de racionalidade.
— Wilson Witzel (@wilsonwitzel) March 25, 2020
A postura de Crivella, bispo licenciado da Igreja Universal e ex-senador, contraria o posicionamento da Frente Nacional de Prefeitos, que criticou a fala e as atitudes de Bolsonaro no combate à COVID-19.
De olho na reeleição, Crivella se aproximou nos últimos meses da família Bolsonaro, tendo visitado o presidente da República em Brasília, de olho no potencial de votos que poderia ter em caso de apoio do ex-capitão do Exército.
Horas mais tarde, diante da repercussão do anúncio, o prefeito do Rio divulgou nota em que reforçou que apenas lojas de conveniência e de material de construção poderiam reabrir. E destacou que os números é que irão determinar as próximas ações do governo municipal.