A atitude fez com que os pequenos e médios empresários passassem a migrar as vendas da loja física para o virtual, movimentando o setor de comércio eletrônico brasileiro.
Em entrevista à Sputnik Brasil, Fernando Mansano, fundador e presidente do Comitê de Líderes de E-commerce (ComEcomm), o setor de vendas virtuais registrou crescimento de aproximadamente 40% nos primeiros 15 dias do mês de março.
"O comércio eletrônico registrou nos 15 primeiros dias do mês de março um aumento na casa de 40% em todos os segmentos, com destaque especial para alimentos, produtos de higiene pessoal e saúde", disse.
Segundo Fernando Mansano, se trata de um crescimento expressivo e inesperado e acima das expectativas do setor.
"É um índice bastante expressivo, está acima das expectativas de crescimento que o comércio eletrônico tinha para esse ano. Obviamente pela excepcionalidade do efeito do coronavírus houve uma mudança de comportamento repentina do brasileiro em ter que comprar de forma não presencial, seja televendas, aplicativos, lojas virtuais, o e-commerce como um todo", afirmou.
O aumento de vendas feitas por comércio eletrônico gerou também, segundo Mansano, surgimento de postos de trabalho temporários.
"Esse aumento está gerando oportunidades de abertura de postos de trabalho, não temos um dado efetivo, mas estamos vendo um disparo de ofertas de trabalhos, a princípio temporários", pontuou.
Fernando Mansano acredita que as consequências do aumento do uso do e-commerce no Brasil durante a pandemia da COVID-19 podem criar um efeito permanente.
"[Os empresários] acabaram sentindo o quanto é importante ter mais canais de vendas", completou.