Em comunicado, a empresa informou que está unida com outras companhias e centros de pesquisa brasileiros para desenvolver tecnologias e peças que venham a integrar ventiladores e respiradores, além da transformação de leitos.
"As ações, desenvolvidas em conjunto com a cadeia de fornecedores da Embraer, englobam a fabricação de peças para a indústria de ventiladores e respiradores, a substituição de componentes importados para ventiladores, o desenvolvimento de sistemas de filtros de alta eficiência para transformação de leitos regulares em tratamento intensivo, e estudos para o desenvolvimento de respiradores simples, robustos e portáteis visando a rápida implementação e disponibilidade", diz a nota.
Após a conclusão de análises técnicas e de capacidade produtiva, a empresa destacou ainda que a produção de peças terá início na próxima semana, atendendo a uma demanda urgente do setor. A companhia ainda estuda a fabricação de válvulas de controle e sensores de fluxo para respiradores.
Já na área de leitos, a Embraer trabalha em parceria com o Hospital Albert Einstein, auxiliando no desenvolvimento "de sistemas de exaustão para controle biológico, que pode converter leitos regulares em áreas de tratamento intensivo".
"Por meio da tecnologia de filtros de alta eficiência de absorção de partículas de ar, já existentes nos sistemas de ar condicionados das aeronaves, o objetivo é levar esta solução para os hospitais que precisam deste tipo de solução de forma imediata", explicou a empresa.
"A Embraer vai continuar monitorando a situação para colocar a sua expertise de integração de sistemas complexos em prol da população brasileira nessa ampla cooperação de combate ao COVID-19", concluiu a Embraer.
Os respiradores têm sido fundamentais no tratamento de vítimas da COVID-19 em todo o mundo. A falta desses equipamentos é apontada como uma das causas do alto número de mortes na Itália, país com mais vítimas fatais no planeta.
No Brasil, governadores têm reclamado do governo federal por uma suposta medida que queria confiscar todos os respiradores novos produzidos em território nacional. O governador de São Paulo, João Dória, já declarou que não vai permitir que equipamentos produzidos no estado deixem o território estadual.