Ao contrário do Gripen E, que é um monoposto (um lugar) e que começa a chegar ao Brasil a partir do próximo ano, o Gripen F encontra-se em um estágio anterior, já que foi necessário desenvolver todo um sistema para o segundo piloto.
A primeira peça cortada para o novo modelo será usada na seção de dutos de ar, localizada logo atrás do cockpit da aeronave. O andamento do projeto se dá em parceria da Saab com as empresas parceiras brasileiras Embraer, AEL Sistemas, Akaer e Atech.
"Este foi um trabalho de equipe onde tivemos muitas pessoas dedicadas, tanto na Suécia como no Brasil, construindo o caminho para este importante marco da nova versão do Gripen. Estes marcos são momentos especiais devido a sua raridade e faz com que estejamos realizados", avaliou o chefe da Saab Aeronautics, Jonas Hjelm.
Na 12ª LAAD Defence & Security, a mais importante feira de defesa e segurança da América Latina, realizada no ano passado no Rio de Janeiro, o presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança, Jackson Schneider, destacou o Gripen F é um projeto que saiu praticamente do zero e conta com quase 50% de tecnologia de Brasil e Suécia.
Na ocasião, ele detalhou que não são poucos os itens que mudam entre os dois modelos do Gripen: adição do assento traseiro no cockpit; sistema de oxigênio, telas e comandos; adaptação do sistema de energia elétrica; redesenho da seção das tomadas de ar; redesenho da extensão da fuselagem dianteira; e rearranjo aviônico e das instalações elétricas.
No total, o Brasil encomendou 28 caças monoposto (um assento) do Gripen E, que serão entregues no Brasil a partir de 2021 – o primeiro caça já realiza voos de teste em solo sueco –, e oito caças Gripen F, com entregas acontecendo a partir de 2023. Parte da produção dos aviões será na Suécia, enquanto outra parte se dará na planta da Embraer em Gavião Peixoto, interior de São Paulo.