O empréstimo será limitado a dois salários mínimos por funcionário. Ou seja, quem recebe um valor maior não ganhará o salário integral. O programa disponibilizará R$ 20 bilhões por mês.
A medida, que tem por objetivo socorrer empresas atingidas pela crise do novo coronavírus, foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante coletiva no Palácio do Planalto.
'Não vai resolver nada', diz Maia
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que a ajuda emergencial "não vai resolver nada", embora não fosse "ruim", segundo o portal G1.
Na quinta-feira (26), a Câmara dos Deputados aprovou projeto que destina R$ 600 para trabalhadores informais por três meses por conta da pandemia de coronavírus.
Bolsonaro é um crítico do confinamento da população para combater a disseminação da COVID-19, doença causada pelo vírus, e defende um isolamento vertical, abrangendo apenas idosos e grupos de risco. A Organização Mundial da Saúde (OMS), no entanto, recomenda o isolamento total.
O financiamento estará disponível para empresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões por ano. O pagamento do empréstimo poderá ser feito em 36 meses, com juros de 3,75% ao ano. Apesar de articulado pelo governo, os bancos disponibilizarão o dinheiro.
1,4 milhão de empresas beneficiadas, diz Bolsonaro
"O dinheiro vai direto para a folha de pagamento. A empresa fecha o contrato com o banco, mas o dinheiro vai direto para o funcionário, cai direto no CPF do funcionário. A empresa fica só com a dívida", disse Campos Neto, segundo o jornal O Globo.
Bolsonaro afirmou que devem ser beneficiadas pela medida 1,4 milhão de pequenas e médias empresas, num total de 12,2 milhões de pessoas.
Segundo o último balanço do Ministério da Saúde, o Brasil tem 2.915 casos confirmados da COVID 19, com 77 mortes.