Um grupo de cientistas completou as simulações massivas do novo coronavírus, que já cobrou a vida de milhares de pessoas e infectou quase 600 mil a nível mundial, segundo o Centro de Recursos Johns Hopkins para o coronavírus.
Os pesquisadores estão preparando o modelo digital completo de todos os átomos da estrutura do SARS-CoV-2, ou seja, o componente exterior do coronavírus. Já realizaram testes com as primeiras partes do modelo e aperfeiçoaram o código no supercomputador Frontera na Universidade do Texas, EUA. Isto pode ajudar a criar medicamentos e vacinas para combater o mortífero vírus que provoca a COVID-19, revela a publicação Science Daily.
A autora principal do estudo e professora de química e bioquímica na Universidade da Califórnia, Rommie Amaro, explicou que no momento sua equipe busca "combinar dados de diferentes resoluções em um modelo coeso que pode ser simulado" em instalações como o Frontera.
Estima-se que este modelo contará com aproximadamente 200 milhões de átomos.
De 12 a 13 de março seu laboratório realizou simulações de dinâmica molecular em até cerca de 250 mil núcleos de processamento.
Full length SARS-CoV-2 spike protein with glycans running in MD shows vastly altered accessibility for small molecules and antibodies (aka #glycotime for the #COVID19 #demogorgon) @LCasalino88 (movie) @zied_gaieb @abbydommer @AmaroLab pic.twitter.com/uNtLvYDCRn
— Rommie Amaro (@RommieAmaro) March 22, 2020
Comprimento completo de proteína do pico do SARS-CoV-2 com glicanos em demonstração MD revela acessibilidade amplamente alterada para pequenas moléculas e anticorpos
"Estas simulações nos darão novas ideias das diferentes partes do coronavírus necessárias para a infecção. E isto nos interessa porque, se podemos entender estas diferentes características, os cientistas terão uma melhor oportunidade para desenvolver novos medicamentos e entender como funcionam os medicamentos atuais e as combinações de potenciais remédios" declarou a pesquisadora.
"A informação que obtemos destas simulações é multifacetada e multidimensional e será útil para cientistas de primeira linha de maneira imediata e também no longo prazo", concluiu Amaro.
O supercomputador Frontera – o quinto supercomputador mais potente do mundo – é um sistema informático de alto desempenho da Fundação Nacional para a Ciência dos EUA.