Casa Branca importa às pressas suprimentos médicos da China

© REUTERS / Aly SongMáscaras em linha de produção na cidade de Xangai, na China, 31 de janeiro de 2020
Máscaras em linha de produção na cidade de Xangai, na China, 31 de janeiro de 2020 - Sputnik Brasil
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Aeronave comercial com 80 toneladas de luvas, máscaras, vestimentas e demais suprimentos médicos provenientes de Xangai é a primeira das 22 solicitadas pela Casa Branca, diz mídia.

No domingo (29), a primeira de 22 aeronaves comerciais com equipamentos médicos produzidos na China pousou em Nova York, para suprir a escassez na cidade norte-americana.

A aeronave descarregou 130.000 máscaras N95, 1,8 milhão de máscaras comuns, 10 milhões de luvas e milhares de termômetros. Os equipamentos serão distribuídos para comunidades em Nova York, Nova Jersey e Connecticut, informou o The New York Times.

Lizzie Litzow, porta-voz da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências, declarou que aeronaves como essa devem aterrissar em Chicago e no estado de Ohio nesta terça-feira (31).

Os produtos são extremamente necessários para suprir a demanda de hospitais nos EUA, cujos agentes de saúde estão racionando máscaras e vestimentas apropriadas, informou o jornal.

A alta exponencial da demanda global está gerando competição entre os países para ver qual tem acesso aos equipamentos médicos produzidos na China. No país asiático, fábricas novas foram construídas e, caso a tendência de melhora na situação epidemiológica do país persista, poderá haver excedentes.

"A China tem equipamento de proteção em abundância, e o resto do mundo tem escassez", declarou o presidente da empresa chinesa APCO, James McGregor.

A administração Trump tomou medidas para aumentar a produção de respiradores, ventiladores e demais equipamentos médicos nos EUA, mas as fábricas disponíveis já estão operando com capacidade total.

Governadores dos estados norte-americanos, queixosos da lentidão do governo federal, estão tentando importar produtos da China. Contatos estabelecidos pela chamada "diplomacia municipal", como a assinatura de acordos de cidades irmãs, estão sendo retirados da gaveta para facilitarem a compra de equipamentos médicos.

No setor privado, alguns executivos chineses e organizações de caridade também se mobilizam para suprir a demanda nos EUA.

© REUTERS / Jeenah MoonMilitares do Exército dos EUA reunidos em Manhattan para combater o coronavírus, Nova York, EUA, 27 de março de 2020
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Militares do Exército dos EUA reunidos em Manhattan para combater o coronavírus, Nova York, EUA, 27 de março de 2020

O bilionário chinês e cofundador da Alibaba, Jack Ma, está enviando um milhão de máscaras e 500 mil testes para a COVID-19 aos Estados Unidos. O Comitê da diáspora chinesa nos EUA levantou US$ 1 milhão (cerca de R$ 5 milhões) para importar suprimentos médicos necessários aos EUA.

Os EUA são o país mais afetado pela COVID-19 mundialmente, com 143.055 mil casos confirmados e 2.513 vítimas fatais.

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